Wednesday, December 2, 2009

Pepino azedo

Sem interpretações falicistas, posso dizer que pepino azedo é uma das minhas receitas toscas favoritas. Em casa sempre há um vidro pronto para consumo.

Note que esse tipo de pepino azedo que explicarei não é aquele “pepino em conserva”, que se é mais popular, em que os pepinos são mais ou menos cozidos e vai bastante vinagre.

Aliás, dedico este pequeno parágrafo para comentar minha indignação com o fato de que muitas pessoas chamam pepino em conserva de “picles” (ou pickles, tanto faz). É uma lástima. Estes deveriam também chamar policiais de “tiras” e mato de “erva daninha”; também deveriam ter uma foto do Herbert Richers na cozinha. Jaguaras!

Começando: compre pepinos de tamanho médio, que estejam bem durinhos. Eles não devem estar com aquele aspecto de esponja que os pepinos mais velhos têm. Além disso, compre um pacotinho com coentro (que geralmente fica na seção de temperos dos mercados) e também umas duas cabeças de alho.

Além disso, você precisa ter um daqueles potes grandes de vidro, com tampa rosqueável. Limpo!

Esquente água, em quantidade suficiente para encher o vidro, levando-se em conta o volume que os pepinos também ocuparão. Não precisa ferver (no mesmo estilo de água para chimarrão).

Corte os pepinos “de comprido” (o oposto de picar em rodelas) em forma de X, deixando-o cortado com quatro gomos. Recomendo não separar os gomos totalmente, mas sim deixá-los ainda presos pelas pontas, assim o aspecto “de pepino inteiro” é preservado.


Então, coloque os pepinos dentro do pote de vidro, disposto preferencialmente verticalmente (“de pé”).

Coloque os dentes de alho descascados e cortados pela metade no meio dos pepinos. Coloque também um pouco de coentro e sal. As quantidades desses itens dependem do gosto de cada um. Eu coloco, mais ou menos, uma cabeça de alho para cada cinco pepinos e uma colher de sopa de endro e outra de sal.

Coloque a água quente e feche o vidro.


Deixe em temperatura ambiente por uns dois dias, no máximo. Dependendo do clima esse tempo pode ser mais longo ou mais curto, não há problema em abrir o vidro uma vez por dia para ver “se a natureza já fez o seu serviço”. Meu critério para julgar se está bom é quando notar que não há mais gosto de pepino verde, só o sabor quase-azedo da fermentação.


Pronto!

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